sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Filme “Avatar” apresenta idioma próprio


Estreia hoje nos cinemas brasileiros o tão esperado filme “Avatar”. Autoproclamado o "Rei do mundo" depois de bater recordes de estatuetas do Oscar e de bilheteria com "Titanic", James Cameron definitivamente não pensa pequeno. Uma nova prova disso é que o diretor, não satisfeito em desenvolver toda uma nova tecnologia para o aguardadíssimo "Avatar", resolveu que o filme também teria que ter um idioma próprio - e inédito - para os habitantes do planeta Pandora.

Mais do que apenas servir para dar mais realidade à trama, a expectativa do cineasta é de que a nova língua tenha uma vida além de "Avatar", como a Klingon, até hoje utilizada pelos amantes da saga "Jornada nas estrelas".

Para isso, Cameron contratou o renomado linguista Paul Frommer, da University of South California, que em 2005 começou do zero um idioma para o povo Na'vi, os seres azuis de 3 metros de altura que habitam o Planeta invadido pelos humanos. No filme, um simples "Olá. Como vai você?", vira "Kaltxì. Ngaru lu fpom srak?".

Em entrevista à revista "Vanity Fair", Frommer explica que a língua Na'vi tem um sistema sonoro perfeitamente consistente, além de gramática, sintaxe e ortografia: "Até agora temos cerca de mil palavras. Não é um vocabulário imenso, mas certamente é algo que pode ser desenvolvido e aprofundado para ser usado para conversas cotidianas". O linguista confessa que a Klingon foi, sim, uma inspiração: "Até tenho uma tradução de 'Hamlet' para Klingon na minha prateleira".

Para entender melhor os Na'vi, confira abaixo algumas dicas sobre o idioma:

- Em termos de fonologia, há toda uma classe de sons que a língua não possui, como os das consoantes “b”, “d” e “g”. Enquanto isso, são utilizados sons formados não pelo ar que sai dos pulmões, mas o que passa pela glote, algo que pode ser reproduzido como "kx", "px", e "tx".

- Os verbos são conjugados, mas não de acordo com número e pessoa. Então não existem terminações correspondentes a "eu", "tu", "ele/ela", etc. Eles são conjugados de acordo com o tempo e, em vez de se utilizarem de prefixos e sufixos, elas se baseiam em infixos. São características encontradas em algumas línguas, como a das Filipinas, onde em vez de acrescentar algo no início ou no fim do verbo, elementos são acrescentados no meio dele. Por exemplo: a raiz para "caça" é "taron", mas para dizer "caçado" você diz "tolaron", colocando o "–ol" no meio, logo após o "t".

Incrível, não? Se você for ver hoje, ou depois, não deixe de comentar o que achou do filme e principalmente da ideia de um novo idioma exclusivo para essa narrativa que promete revolucionar!!!

Por enquanto, fique com o trailer:

Trailer - Avatar from jadorelecinema on Vimeo.



FONTE: Blog do Bonequinho

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