quarta-feira, 8 de junho de 2011

Que tal reinventar?

Embaralhar letras como em um quebra-cabeça é um artifício que remete à desconstrução. Para falar a verdade, tudo que passa pelo menor movimento que seja já não pertence ao mesmo espaço e, algumas vezes, já modifica sua essência. Esse mexer de peças, essa mudança de espaços são ações que foram e estão sendo utilizadas por poetas, músicos, jornalistas, artistas plásticos...

Um exemplo disto está no Dadaísmo e seus poemas desconstruídos, onde uma notícia de jornal com as palavras em desordem eram dadas como base para nortear as linhas de uma poesia buscando novas formas de ser analisada. Isto valia para conceitos e imagens: todos vistos sob uma ótica diferente, em sua maioria questionadora, mas que no fim gerava resultados incríveis.


O bom de tudo isso é saber que cada um de nós, no conforto da nossa casa ou na efervescência de um ateliê pode seguir a mesma linha de raciocínio e trocar algumas peças, inverter alguns pontos. E o que usar como matéria-prima? Imagens, sons e principalmente palavras, ou até mesmo as letras. Um mar de sinais gráficos podem nos dizer bastante coisa, e “redescobri-las”, por assim dizer, é um exercício muito bom para a nossa faxina mental e diária de costumes petrificados. Um passatempo bastante condizente com este exercício é o jogo Torto, que, tal qual as diretas, faz parte das revistas Coquetel existentes pelas bancas do Brasil.


Além de propor um teste de vocabulário, o Torto aguça nossa percepção ao apresentar, dentro de um bolo de letras aparentemente desconexas, palavras escondidas e perceptíveis somente a partir junção destas letras, sob as regras do jogo. É como o experimento dadaísta: usamos o desestruturado para dar a ele outro significado.


Que tal pegar a sua revista Coquetel e começar o quanto antes?



Fonte: Zupi.com
Por Mariany Carvalho

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